PLATÃO E ARISTÓTELES - O FASCÍNIO DA FILOSOFIA - 2ª EDIÇÃO
MARCO ANTONIO ZINGANO
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Editora Odysseus
Área FILOSOFIA
Idioma Português
Número de páginas 136
Edição 2ª 2005
ISBN 8588023695
EAN 9788588023697
Nem todo mundo percebe que as bases do nosso moderno pensamento científico repousam em idéias e conceitos que nasceram há mais de dois mil anos, na Antiga Grécia. Em Arte e Filosofia a consciência do pensamento grego é bem mais forte. Agora, a coleção "Imortais da Ciência" da Odysseus Editora, com Os Caminhos do Conhecimento, volume inteiramente dedicado às concepções de mundo dos dois mais conhecidos filósofos gregos, Platão e Aristóteles, lança luz sobre o tributo devido pela Ciência moderna às especulações dos dois antigos pensadores.
Apesar de terem sido apresentados há quase dois mil e quinhentos anos, os conceitos platônicos e aristotélicos orientaram o pensamento ocidental por dois mil destes anos, entre 400 AC. e o final do Século XVII. Isso sem dúvida prova a força matricial de suas idéias.
De Platão nos vem a distinção, fundamental até hoje, entre a idéia abstrata e a realidade tangível. Para o pensamento platônico, os conceitos supremos, como Perfeição, Beleza ou Verdade, só podem existir verdadeiramente num "mundo das Idéias". Tais Idéias, em si perfeitas, seriam as matrizes da realidade terrena, que corresponderia a nada mais que um reflexo delas, com graus variados de erro. Assim, toda realidade neste mundo teria necessariamente um nível de imperfeição. Um círculo perfeito só existiria idealmente. Na prática, para Platão, o que mesmo a mais aperfeiçoada tecnologia pode nos dar é uma aproximação da perfeição. A existência de algo "no" mundo implica, obrigatoriamente, em distorção, desvio, erro. É fácil ver como essa concepção se relaciona com a proposição, bem contemporânea, de que a mera observação já altera o fenômeno. Não pode deixar de ser assim, diria um tranqüilo Platão a físicos contemporâneos, pois o erro está como que enraizado em nossos sentidos.