MUNDO COMO VONTADE E COMO REPRESENTAÇÃO, O - TOMO II
ARTHUR SCHOPENHAUER
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Editora Unesp
Área FILOSOFIA
Idioma Português
Número de páginas 824
Edição 2015
ISBN 9788539305988
EAN 9788539305988
Em Tomo II, o filósofo alemão aprofunda reflexões de O mundo como vontade e como representação, expressando-se com mais liberdade e franqueza
Ao articular, em 1818, o seu sistema filosófico em O mundo como vontade e como representação, Arthur Schopenhauer (1788-1860) contrapôs-se às correntes racionalistas do pensamento ocidental. Em 1844, o autor alemão retorna às mesmas questões metafísicas de sua obra mais conhecida, agora mais maduro, expressando-se com mais "liberdade e franqueza", sem fazer tantas concessões às tradições universitárias, como revelou em uma correspondência pessoal. O resultado é esse Tomo II, cuja tradução, direta do alemão, realizada durante cinco anos pelo professor Jair Barboza, é lançada pela Editora Unesp, reeditando a parceria que resultou no Tomo I (2005).
Essa obra pode ser entendida como uma nova forma que Schopenhauer encontrou para expor suas ideias filosóficas, aproximando a metafísica da psicologia. Esses "suplementos", como o autor os denominava, não constituem tão somente uma revisão madura do texto da juventude, mas uma outra obra escrita desde a mesma estrutura, em que aprofunda a noção de representação: de que toda a existência objetiva das cosias depende do ser que as representa.
As refinadas observações psicológicas, observa Jair Barboza na introdução desta edição, ao aprofundarem as teses do Tomo I, chegam até as fronteiras "da vontade como puro ímpeto cego e inconsciente". Assim, Schopenhauer aprofunda sua tese com respeito à relação entre o racional e o intuitivo, afirmando que "a pura vontade irracional cega e inconsciente" é primária, e a razão, secundária, um mero momento dessa vontade em sua "manifestação cosmológica". Crítico mordaz das tradições de sua época, Schopenhauer não poupa pensadores consagrados, opondo-se sem concessões a pensadores que, na sua perspectiva, são responsáveis por "corromper" inteligências, entre eles Hegel, a quem classifica de "charlatão repugnante".
Schopenhauer percorre uma vasta gama de temas, apresentando reflexões para a filosofia grega, a arte, a sexualidade e a loucura. Em suas observações, dialoga com o conhecimento empírico da época e constitui, desse modo, uma potente contribuição para o pensamento humano, cujos desdobramentos são observáveis por exemplo na psicanálise de Freud, na filosofia da vontade de potência de Nietzsche e na psicologia do inconsciente de Jung.